Somente nesta terça-feira (15) cinco páginas ligadas à Central Única dos Trabalhadores foram suspensas do Facebook. Os alvos foram CUT´s de Brasília e Santa Catarina, Sindicato dos Bancários do Mato Grosso e Sindicato dos Petroleiros do Paraná e também de Santa Catarina. Roni Barbosa, secretário nacional de comunicação da CUT fala em ataque à democracia e expressão das entidades sindicais.

            Resumindo apenas ao aviso de que a página foi retirada do ar e que aparentemente não segue às políticas das páginas da rede social, todas entidades citadas foram censuradas no mesmo dia.

            O secretário nacional de comunicação da CUT, Roni Barbosa, atenta a possibilidade de ataque contra a liberdade de expressão das entidades sindicais, esbarrando nos direitos democráticos brasileiro. “Não podemos aceitar esse ataque à organização sindical, pois não há justificativa plausível para retirada das páginas do ar. Não publicamos fake news nem ofendemos qualquer pessoa, crença ou raça. Defendemos os interesses da classe trabalhadora. Exigimos resposta imediata do Facebook e a restauração de todas as páginas imediatamente”.

            De acordo com a CUT, todas páginas censuradas não violaram os direitos humanos. A última postagem do Bancários/MT, por exemplo, foi a postagem de um cartaz de celebração para o dia das crianças, sendo divulgado na página no dia 12 de outubro.

            Além do ataque às entidades citadas, o prejuízo da página atingirá os seguidores também, visto que, tanto o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina possuíam alcance superior a 70 mil pessoas. Sem previsão e garantia de retorno, a divulgação de informações para os sindicalizados será afetada.

            A entidade central questionou a decisão do Facebook, e de acordo com a própria CUT, apesar do contato com a equipe responsável pela rede social no Brasil, um retorno até o momento não foi realizado. Os Sindicatos citados afirmaram que buscarão o retorno de suas páginas, ainda que a decisão vá à justiça.

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Em meio ao assustador percentual de 11,8% de desempregados no Brasil até o final de agosto, conforme diz o relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) e divulgada pelo IBGE, junto das dificuldades de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com as estimativas reduzidas pela equipe econômica do Presidente Jair Bolsonaro somando abaixo do 1% de evolução, os bancos são as únicas instituições que não são ameaçadas pela crise financeira instalada  no país desde 2015, e seguem alavancando resultados semestrais em cima das taxações de serviços prestados e juros.

O Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itaú representam o grupo dos cinco maiores bancos no país, e de acordo com Dieese, eles somam juntos R$46,34 bilhões em lucro líquido somente no primeiro semestre de 2019, resultado este, que confirma o crescimento em 20% comparado ao mesmo período do ano anterior.

Apesar desse exorbitante resultado somado, a responsabilidade social que costuma ser empregada em anúncios e propagandas dos bancos, pouco é praticada no cotidiano. O Itaú, BB e Caixa fecharam juntos mais de 4 mil postos de trabalho em doze meses, de acordo com a Contraf-CUT. Ignorando a saúde dos bancários, a segurança e condições de trabalho, os bancos priorizam os investimentos virtuais, multiplicando os serviços de funcionários nas agências, aumentando os casos de trabalhadores adoecidos por esforços nos bancos.

Além disso, as instituições financeiras colecionam multas do Procon. Segundo próprio órgão no Rio de Janeiro, em 2019 esse grupo, com exceção da Caixa Econômica, já foi alvo de reclamações como: golpe do boleto, falta de segurança dos canais eletrônicos, tempo extrapolado de clientes esperando atendimento, entre outras punições e advertências nesses nove meses.

Contudo, o paralelo universo dos bancos coloca o Itaú na liderança do ranking de lucros com R$13,9 bi, seguido pelo Bradesco que soma R$ 12,7 bi. O Banco do Brasil é o terceiro maior e tem R$8,7 bi. Já o Santander tem R$7,12 bi e a Caixa R$3,92 bi. Estas instituições representam uma bolha imune à crise que afeta as mais diversificadas camadas da sociedade brasileira.

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