Segunda, 23 Mai 2022 20:13

Mudança de governo nas eleições 2022 será decisiva para a campanha salarial

Juvandia Moreira disse que a solução para questões como a terceirização e o impacto das plataformas digitais no trabalho bancário está relacionada à mudança de governo e a eleição de candidatos comprometidos com os trabalhadores Juvandia Moreira disse que a solução para questões como a terceirização e o impacto das plataformas digitais no trabalho bancário está relacionada à mudança de governo e a eleição de candidatos comprometidos com os trabalhadores

A presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Juvandia Moreira abriu sua participação no sábado (21), na 2ª Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias RJ, no painel sobre a atual conjuntura econômica e política do Brasil e seus impactos sobre a categoria bancária, dizendo que “a luta estratégica mais relevante da campanha nacional deste ano são eleições 2022”. 
“Estamos debatendo a fragmentação do setor no trabalho da categoria e prevemos que, se Bolsonaro vencer as eleições, ele vai tentar enfraquecer o movimento sindical e ampliar as negociações individuais, aprofundando a terceirização e a precarização”, disse, citando como exemplo o banco Santander, que está contratando trabalhadores autônomos, sem nenhuma proteção trabalhista, para a sua plataforma digital, situação que dificulta a representação sindical 
Na avaliação da sindicalista, questões como os impactos da tecnologia sobre o trabalho e a terceirização não se resolvem em mesa de negociações, mas com a mudança de governo e a eleição de candidatos comprometidos com os trabalhadores.
A sindicalista disse que tem conversado com ex-presidente Lula sobre a importância do fortalecimento da negociação coletiva no Brasil e chamou a atenção para o risco de privatizações com o projeto do atual governo.
Juvandia disse que outro desafio da campanha nacional da categoria é a questão remuneratória.
“Pesquisas mostram que entre os principais motivos da saída de bancários dos bancos é a busca por melhores salários e condições de trabalho”, disse. Criticou o aumento da pressão e do assédio moral e falou também da maior preocupação dos sindicatos com relação à saúde e à vida dos trabalhadores após a pandemia da covid-19.

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