Sexta, 31 Julho 2020 22:50

COE do Bradesco cobra reunião para discutir fechamento de agências e fim dos lanches

Bancários querem explicações sobre anúncio na imprensa de fechamento de mais 400 agências e departamentos e exigem preservação dos empregos
TEM QUE GARANTIR OS EMPREGOS - Sindicatos cobram reunião com representantes do Bradesco para explicar anúncio na imprensa de que banco  pretende fechar mais de 400 agências e departamentos TEM QUE GARANTIR OS EMPREGOS - Sindicatos cobram reunião com representantes do Bradesco para explicar anúncio na imprensa de que banco pretende fechar mais de 400 agências e departamentos

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco reivindica, com urgência, a abertura de negociações. Os bancários querem explicações matéria publicada na última quinta-feira, dia 30 de julho, pelo jornal Valor Econômico, informando que o Bradesco “deve fechar mais de 400 agências este ano” e uma declaração do próprio presidente do banco, Octávio de Lazari, de que “o ajuste na estrutura física do banco vai continuar de forma intensa em 2020 e 2021” e o “fechamento de agências deve se intensificar no segundo semestre deste ano” conforme o planejamento dos modelos de atendimento da segunda maior instituição financeira privada do país.

Segundo o texto, foram 414 unidades fechadas nos últimos 12 meses. Lazeri disse que “mais de 400 deverão ser extintas ou transformadas em unidades de negócios ainda neste ano”.

“A pandemia acabou funcionando como um grande experimento para bancos e empresas ampliarem o trabalho em sistema de Home Office e vislumbrarem a possibilidade de reduzir custos com alugueis de imóveis e infraestrutura física, mas os trabalhadores não podem pagar com a perda de seus empregos para atender a ganância dos banqueiros por mais lucros”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Leuver Ludolff, que é membro da COE do Bradesco, que cobrou um canal de negociação com a direção do banco para tratar do tema.

Fim dos lanches

Outra questão que os sindicalistas vão cobrar é a revogação da suspensão do fornecimento de lanche anunciada para acontecer a partir da próxima segunda-feira, dia 1º de agosto nos departamentos e agências. O banco alega que o lanche é um “desperdício”. O movimento sindical rebate a alegação e considera a decisão do Bradesco uma mesquinharia e descaso para com os funcionários até porque o setor financeiro, mesmo com a crise econômica, continua a ser com folgas o mais lucrativo do país.

A preocupação dos sindicalistas não é apenas com relação aos bancários, cujo tempo dedicado para comer será transformado em mais tempo de trabalho e exploração. Relatos de funcionários dão conta de que trabalhadores terceirizados, como o pessoal da limpeza e os seguranças, que ganham baixos salários, costumam até levar o lanche para casa para atender suas famílias.

 

Fonte: Bancários BH

 

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