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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato vai continuar protestando contra a extinção de agências, as demissões e o adoecimento de bancários
Foto: Nando Neves
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Bradesco segue aumentando seus lucros. O banco encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,3% na comparação com o trimestre passado.
Por trás dos ganhos
Por trás dos números positivos, há um cenário preocupante: o segundo maior banco privado do país tem ampliado seus resultados à custa do fechamento de agências, da redução de postos de trabalho e do adoecimento dos empregados.
Nos 12 meses encerrados em junho de 2025, o Bradesco fechou 342 agências, 1.067 postos de atendimento (PA e PAE) e 127 unidades de negócios.
Somente no Rio de Janeiro, 293 homologações foram registradas pelo Sindicato dos Bancários entre janeiro e 30 de setembro de 2025.
“De janeiro a setembro são 273 dias e 293 demissões — mais de uma dispensa por dia. Isso significa que o segundo banco privado mais lucrativo do Brasil lançou, em nove meses, quase 300 famílias ao desemprego. É uma situação inaceitável”, afirmou Leuver Ludolff, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Mobilização vai continuar
Leuver destacou que o Sindicato continuará realizando protestos e campanhas de denúncia contra as demissões e o desrespeito do banco aos trabalhadores e clientes. "Nossa campanha cobra do banco respeito ao direito do consumidor de receber atendimento presencial. Há muitos idosos e pessoas humildes que têm dificuldades para acessar as plataformas digitais e até os caixas eletrônicos estão sendo reduzidos”, acrescentou Leuver.
Segundo ele, o cenário dentro das unidades é de pressão constante por metas, assédio moral e medo de novas dispensas, o que tem provocado o adoecimento dos funcionários.
“Quem continua no banco está adoecendo com a pressão e o medo de ser o próximo a ser dispensado. É fundamental que a categoria se sindicalize e fortaleça a luta coletiva para enfrentarmos o desafio das novas tecnologias, que estão reduzindo drasticamente os empregos bancários”, completou o dirigente sindical.