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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Uma reivindicação importante feita pelo movimento sindical bancário, foi atendida nesta segunda-feira (18/8), pelo Banco do Brasil, ao apresentar para a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o Protocolo de Atendimento para casos de Violência Doméstica e Familiar, lançado oficialmente nesta terça-feira (19). O programa inclui Cartilha de Prevenção à Violência Doméstica e cria um canal específico na Gepes Atendimento, pelo telefone 4003-5291, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, com equipe capacitada para orientar bancárias sobre medidas externas e internas de proteção.
Rita Mota, integrante da CEBB e diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, falou da importância do protocolo. “A situação da submissão à violência doméstica interfere na vida pessoal das funcionárias e funcionários, inclusive na sua atividade profissional. Muitos podem estar com o seu desempenho comprometido, por conta deste tipo de ocorrência. Por isto, este protocolo que garante uma proteção às vítimas é importante por dar suporte para que a pessoa possa sair desta situação”, afirmou.
Como funciona – O canal oferece acolhimento e suporte para romper o ciclo de violência, além de medidas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como transferência de local de trabalho, alternância de horários e mudança do regime presencial para teletrabalho ou vice-versa. Também garante encaminhamento para acompanhamento psicológico e médico da Cassi, além de auxílio deslocamento para idas a delegacias ou serviços públicos especializados. A autonomia da mulher é sempre respeitada, permitindo que cada bancária escolha quais caminhos seguir.
Segundo Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB e secretária da Mulher da Contraf-CUT, “essa é uma conquista histórica. Desde 2018, cobramos ações efetivas do BB para proteger bancárias em situação de violência doméstica. Em 2020, o ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] implantou medidas de apoio que hoje estão consolidadas no protocolo. Com esse canal, garantimos acolhimento especializado, integração com a Cassi e acompanhamento seguro. Esse é um avanço fundamental!”.
A cartilha informa sobre os diferentes tipos de violência – física, psicológica, sexual, patrimonial e moral – e detalha os passos após a denúncia, com os possíveis caminhos, como a concessão das medidas protetivas da Lei Maria da Penha, o eventual registro do boletim de ocorrência, acompanhamento pelo sistema de justiça, acesso à Defensoria Pública e aos serviços públicos especializados. Também orienta sobre canais externos de denúncia, como Delegacias da Mulher, Defensorias Públicas, Núcleo Judiciário da Mulher e emergência policial (190).
Fernanda Lopes reforça: “Cada passo dado nesse protocolo fortalece a proteção das bancárias e mostra que, com informação, suporte e medidas eficazes, podemos romper o ciclo de violência. É um compromisso da Contraf-CUT e do Banco do Brasil com a vida e a dignidade das mulheres”.