Segunda, 14 Julho 2025 19:28

Coletivo prepara negociação com a Fenaban sobre segurança bancária

Pouco antes da reunião. Coletivo de Segurança posa para foto. Pouco antes da reunião. Coletivo de Segurança posa para foto.

Alinhar os pontos que serão levados à mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), prevista para agosto, e definir uma data indicativa para o Seminário Nacional de Segurança Bancária, que deve ocorrer em novembro. Esses foram alguns dos temas tratados na reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT nesta quinta-feira (10) com representantes das federações e sindicatos de bancários de diversas regiões do país para debater as principais preocupações e propostas relacionadas à segurança no setor financeiro
“Estamos preparados para mais uma vez fazer o debate sobre segurança com os bancos, apresentando as propostas dos trabalhadores e até demandas de clientes e usuários. Além da segurança física, que fala do direito à vida, precisamos falar dos crimes digitais que estão causando prejuízo aos clientes”, afirmou André Spiga, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que representa no coletivo a Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) e de seus sindicatos filiados, entre eles o do Rio. “O mínimo é investir na segurança para um setor que só aumenta os lucros a cada ano”, acrescentou o dirigente carioca.
A reunião foi marcada por relatos contundentes sobre a precarização das condições de segurança nas agências. Os representantes destacaram o fechamento de unidades físicas, especialmente nos grandes bancos, gerando demissões e aumentando a pressão sobre os locais que permanecem abertos. Em muitos casos, os próprios bancários estão sendo obrigados a abastecer os caixas eletrônicos (ATMs), uma função que deveria ser realizada exclusivamente por empresas de segurança especializada. Outro ponto de preocupação é a atuação dos bancos junto a prefeituras para retirada das portas giratórias de segurança das agências
Os idosos têm sido particularmente prejudicados com o avanço do autoatendimento e da digitalização, tornando-se alvos frequentes de golpes e fraudes. A falta de suporte presencial nas agências aumenta ainda mais a vulnerabilidade desse público.

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