Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O deputado federal Reimont (PT-RJ) começou falando do embate político no campo dos direitos humanos e da defesa da democracia. Ressaltou que a comissão de direitos humanos da Câmara dos Deputados, da qual faz parte, “é composta por seis parlamentares da esquerda e dez da extrema direita”, mostrando as dificuldades do campo popular e democrático no Congresso Nacional em sua participação na 5ª Conferência Estadual das Trabalhadoras e Trabalhadores RJ, realizada no Sindicato do Rio, nesta sexta-feira (13.).

“Temos que olhar de onde partimos, qual era nosso primeiro olhar. Sabemos da luta da classe trabalhadora e de nossas conquistas e temos buscado um diálogo mínimo com a extrema direita. A cada reunião lemos o nome de um preso ou morto pela ditadura militar. Não podemos esquecer nossa memória, qual sangue que foi derramado para a classe trabalhadora ter chegado a onde chegou”, destacou o parlamentar.

“Eles criam na bolha deles, na fala deles, narrativas para desgastar o presidente Lula, falam tanto de patriotismo e que são ‘pessoas de bem’, mas eles não estão nem um pouco preocupados com a democracia, com o combate à fome, mas apenas em combater politicamente o campo popular”, criticou duramente a extrema-direita.

Soberania Nacional

Reimont destacou ainda que Eduardo Bolsonaro está nos EUA com o presidente Trump que quer “governar o mundo”.

“Nós temos que garantir a nossa autonomia e a soberania nacional. Eduardo traz um representante do governo Trump para interferir em questões nacionais, Ele está cometendo crime, é um autoexilado criminoso que atenta contra a nossa soberania”, completou.

É preciso coragem

Criticou ainda a política de juros altos do BC e que é preciso coragem para enfrentar os desafios políticos nos próximos anos.

Disse também que, “apesar de toda dificuldade e disputa no Congresso Nacional o campo popular avançou.

“Avançamos muito com este projeto de Brasil para reconstruir a nação que estava totalmente desolada e destruída. É o momento em que precisamos de coragem”, disse, citando a frase da inspiradora da Marcha das Margaridas, Margarida Alves, líder sindical dos trabalhadores rurais, assassinada em 1983 que declarou em sua luta: “Medo nós tem, mais não usa”.

“Nós bancários sabemos o que é ter adoecimento. A nossa luta pode parecer que está esvaziada, mas não está. O movimento Vida Além do Trabalho (VAT), a luta pelo fim da jornada 6 por 1, que não pega os bancários por causa da luta da categoria, pois os bancos queriam abrir aos sábados”, disse, pedindo solidariedade à outras categorias de trabalhadores.