Sexta, 16 Mai 2025 17:08
BANCO DO BRASIL

Funcionários do BB voltam a defender modelo 70/30 na mesa sobre custeio da Cassi

Dirigentes sindicais cobram ainda responsabilidade do banco com egressos de instituições incorporadas.
A mesa de negociação sobre o custeio da Cassi praticamente não teve avanços. Os representantes do banco disseram que não poderiam fornecer dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”. A mesa de negociação sobre o custeio da Cassi praticamente não teve avanços. Os representantes do banco disseram que não poderiam fornecer dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”. Foto: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O movimento sindical cobrou, na terceira rodada de negociações sobre o custeio da Cassi realizada na terça-feira (13), em Brasília, a defesa do modelo 70/30 e cobra responsabilidade do banco com egressos de instituições incorporadas.

A negociação não avançou como o esperado devido à ausência de dados por parte do banco, que alegou restrições por conta do período de silêncio do mercado.

Durante a manhã, as entidades representativas se reuniram na sede da Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), onde analisaram números, indicadores e simulações de propostas com apoio de dirigentes eleitos da Cassi e atuários que prestam assessoria à diretoria da entidade. O objetivo foi aprofundar a análise técnica para qualificar a atuação na mesa de negociação.

"Esse modelo atual vinculado a folha de pagamento demanda a revisão porque há uma diferença entre a inflação médica e o reajuste dos salários dos funcionários. A inflação médica é maior, então é preciso que a gente adote um modelo de custeio em que seja garantida a sustentabilidade da Cassi e uma assistência de qualidade agora e no futuro para o funcionalismo e seus dependentes", disse a diretora do Sindicato do Rio Rita Mota, que participou da negociação. 

Sem informação

A mesa de negociação teve início formalmente na parte da tarde, na sede do BB. No entanto, os representantes do banco informaram que, em função da alteração na data de divulgação dos resultados trimestrais e da obrigação de cumprir o período de silêncio, não poderiam apresentar dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”.

Apesar do impasse, os dirigentes da Cassi aproveitaram o momento para apresentar informações sobre a gestão da Caixa de Assistência. De acordo com os dados divulgados, as reservas livres estão garantidas até junho de 2026, uma vez que o aumento das provisões técnicas não afeta esse montante. A diretoria também reafirmou o compromisso com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), com foco em atendimento e ampliação do quadro de profissionais. Outro ponto destacado foi a incorporação de ferramentas de inteligência artificial para dar mais agilidade à autorização de procedimentos e para melhorar a detecção de fraudes e irregularidades.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Fernanda Lopes, destacou que a negociação precisa manter o foco na sustentabilidade.

“É fundamental manter os estudos com base na premissa do modelo de custeio 70/30, conforme estabelecido na resolução CGPAR 52. Também defendemos que o banco assuma sua responsabilidade no custeio dos associados oriundos de bancos incorporados, que estão na Cassi por decisão judicial. Não é justo que o custo desse grupo recaia sobre os demais participantes”, afirmou Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Ainda não está confirmada a data para a nova rodada de negociações.

 

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