Segunda, 05 Mai 2025 18:47
METAS E PRESSÃO PSICOLÓGICA

Dia Nacional do Combate ao Assédio Moral: sindicatos cobram fim da prática nos bancos

Problema faz da categoria bancária uma das mais afetadas por doenças mentais adquiridas no trabalho, devido a imposição de metas desumanas
Os números oficiais de adoecimento no trabalho desmentem os bancos, que se negam a relacionar o assédio moral e as metas como causas do aumento de bancários afastados  por problemas de saúde de caráter mental Os números oficiais de adoecimento no trabalho desmentem os bancos, que se negam a relacionar o assédio moral e as metas como causas do aumento de bancários afastados por problemas de saúde de caráter mental

Foi celebrado na sexta-feira, 2 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral. A data é de grande relevância para a categoria bancária, uma das mais atingidas por esta prática - segundo dados do próprio Tribunal Superior do Trabalho (TST) - que adoece um número cada vez maior de trabalhadores e trabalhadoras, em função da imposição de metas desumanas. 
Não por acaso cresce em todo o país o número de funcionários de bancos afastados do trabalho por causa de doenças mentais. Em relação às doenças mentais e comportamentais, em 2022, a categoria bancária foi responsável por 25% dos afastamentos acidentários e 4,3% dos afastamentos previdenciários. Mesmo com os números oficiais comprovando o problema, os banqueiros continuam negando que o adoecimento mental tenha relação com a gestão dos bancos. O incentivo da competição individual nos bancos contribui para a humilhação e constrangimento impostos ao trabalhador.
“O nosso papel é múltiplo, sendo o primeiro o despertar da consciência sobre a relevância do tema, tornando possível que cada bancário e bancária compreenda as diversas formas e também consequências dessa violência psicológica nos locais de trabalho que podem levar a um grave adoecimento. Por isso, incentivamos que o trabalhador faça a denúncia, além de estimularmos ações efetivas de prevenção por parte dos bancos”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira.
O tema continuará sendo uma das prioridades na campanha nacional da categoria deste ano.
“Além dos efeitos imediatos causados por situações de violência desse tipo, o assédio moral no trabalho pode desencadear transtornos mentais graves, como Síndrome de Burnout e do pânico, estresse e depressão entre outros problemas graves de saúde. Por isso, vamos continuar denunciando esta prática nos bancos e exigir o fim de toda a forma de pressão psicológica no trabalho”, destacou o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo.

O que configura o assédio: denuncie

- Abuso psicológico e pressão psicológica
- Desvalorização do trabalho: para a chefia nunca está bom o que você faz
- Humilhação, constrangimentos e exposição que ferem a integridade ou dignidade do trabalhador.
- Intimidação, como ameaças de descomissionamento ou de demissão
- Isolamento: o trabalhador é colocado em local sem contato com colegas
Procure ajuda do Sindicato

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