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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da CUT
A CUT, UGT, CTB, CSB, NCST, Pública e Intersindical Central entregaram, nesta terça-feira (29), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
Entre as reivindicações, as principais são a redução da jornada de trabalho sem diminuição salarial; o fim da escala 6 x 1; a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.
O movimento sindical defende ainda a isenção total da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no IR.
Além dos presidentes das centrais sindicais, estiveram presentes o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, Gleisi Hoffman, ministro-chefe da secretaria Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
A entrega do documento ocorreu no mesmo dia da Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília, com caminhada até a Esplanada dos Ministérios, organizada pelas centrais sindicais, federações e sindicatos de todo o país.
Bandeiras de luta
O objetivo da mobilização é também pressionar o Congresso Nacional a aprovar projetos de interesse dos trabalhadores, como a proposta do governo Lula de isenção no IR para quem ganha até R$5 mil por mês e redução da alíquota para salários até R$7 mil mensais, a taxação dos super-ricos a fim de compensar o impacto da medida nas contas públicas e garantir mais justiça tributária, além da proposta de redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários com o fim da escala 6x1.
Forças contrárias
Os projetos que beneficiam a maioria da população brasileira encontram resistência entre parlamentares de direita e extrema-direita, que representam as classes dominantes e mais abastadas.
Estes mesmos setores da política foram responsáveis pela reforma Trabalhista em 2017, que retirou mais de 100 direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a pejotização e a terceirização sem fim, realizada pelo então ministro da Fazenda do governo de Michel Temer (PMDB), Henrique Meirelles e pela reforma da Previdência de 2019, criada pelo ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que aumentou o tempo de contribuição, elevando a idade mínima para se aposentar e reduziu o valor das aposentadorias e pensões. Até pensionistas viúvas de militares foram penalizadas, com desconto de R$1.000 todo mês nos proventos para o Bolsonaro conceder reajuste exclusivo para os generais.
Importância das eleições
O presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, além de defender o teor da pauta, lembrou que os direitos dos trabalhadores passam pelas próximas eleições e que, por isso, a manifestação de hoje foi decisiva para enterrar a direita em 2026. “Precisamos reeleger o nosso presidente Lula, que é o grande pai da classe trabalhadora no Brasil, aquele que nos ensinou o caminho da luta para chegarmos até aqui”, afirmou Sergio Nobre.
“A gente sabe que nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu do céu ou foi benefício dado por alguém, foi com muita mobilização e com muita luta”, acrescentou o presidente nacional da CUT.
Pressão sobre os parlamentares
Durante a passeata das centrais, a vice-presidenta da CUT-RJ, Adriana Nalesso, destacou a importância da mobilização do movimento sindical para pressionar os parlamentares a aprovarem as pautas de interesse dos trabalhadores que tramitam no parlamento brasileiro.
"Nosso recado aos deputados federais e senadores foi claro: aprovem as pautas da classe trabalhadora. É fundamental corrigir as distorções existente no nosso sistema tributarista. Quem ganha mais tem que pagar mais, é simples, porém, sabemos que muitos que lá estão não defendem os interesses da maioria da população brasileira”, destacou Adriana. A dirigente sindical ressaltou ainda a importância da população votar em candidatos comprometidos com a classe trabalhadora não apenas para o poder executivo, mas também no Legislativo, que é quem cria e vota leis e projetos.