Terça, 29 Abril 2025 14:17
NOSSAS PAUTAS

Dirigentes sindicais bancários participam da Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília

Isenção do IR para quem ganha até R$5 mil por mês e também para a PLR dos trabalhadores e a ampliação da redução da jornada sem diminuição de salários estão entre as bandeiras de luta das centrais sindicais, em Brasília
A delegação dos dirigentes sindicais bancários do Rio de Janeiro reunida durante a Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em Brasília, junto com o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre (entre Adriana Nalesso e José Ferreira A delegação dos dirigentes sindicais bancários do Rio de Janeiro reunida durante a Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em Brasília, junto com o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre (entre Adriana Nalesso e José Ferreira Foto: Divulgação

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Bancários e bancárias estão participando na Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília, nesta terça-feira, 29 de abril. O objetivo da atividade é pressionar o Congresso Nacional a aprovar as pautas defendidas pelas centrais sindicais, entre elas, a CUT, a CTB, a CSB e a Intersindical, entre outras.

As bandeiras de luta

Entre as bandeiras de luta estão o projeto do governo Lula que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$5 mil por mês. A proposta beneficia ainda trabalhadores que ganham até R$7 mil mensais, que pagarão menos.

Cerca de 26 milhões de pessoas serão beneficiadas com a isenção ou redução na alíquota, entre elas, 54 mil da categoria bancária não vão mais precisar pagar mais o imposto e 68 mil terão descontos no valor a pagar.

Outra proposta dos sindicatos que beneficiará diretamente bancários e bancárias é a defesa da isenção total da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no IR.

O movimento sindical luta ainda pela redução da jornada de trabalho, com o fim da escala 6 x 1 e adoção da 4 x 3 (quatro dias de trabalho e dois de descanso na semana). Esta proposta já é adotada com sucesso em várias nações capitalistas mais desenvolvidas, melhorando a qualidade de vida e de saúde da população e gerando mais empregos, resultando em maior produtividade para as empresas e crescimento econômico nos países que adotaram o modelo.

Redução dos juros e regulamentação do sistema financeiro também é defendida pelos sindicatos, além do combate à terceirização e pejotização e de toda a forma de precarização do trabalho.

Bancários na luta

A categoria bancária marcou presença na mobilização na capital federal.

“Os bancários e bancárias se somam a Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília em apoio às pautas como a redução das taxas de juros, redução de jornada sem redução de salários e pelo fim da escala 6x1. além de defendermos uma justiça tributária com alteração da tabela do Imposto de Renda. Queremos ainda a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional para trazer mais segurança aos clientes, ao Estado Brasileiro e também defendemos os direitos dos bancários de mais trabalhadores contra a precarização dos contratos de trabalho”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira, que participa do ato na capital federal.

A presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) e vice da CUT-RJ, Adriana Nalesso, destacou a participação da categoria bancária na manifestação.

“A marcha foi muito representativa, reuniu vários bancários e bancárias de todo país, que juntos com outras categorias demonstraram força e unidade. Nosso recado aos deputados federais e senadores foi claro:  aprovem as pautas da classe trabalhadora. É fundamental corrigir as distorções existente no nosso sistema tributarista. Quem ganha mais tem que pagar mais, é simples, porém, sabemos que muitos que lá estão não defendem os interesses da maioria da população brasileira”, ressaltou.

Igualdade salarial

A vice-presidenta do Sindicato dos Bancários carioca, Kátia Branco, lembrou da importância da igualdade salarial entre homens e mulheres.

“Apesar dos avanços na legislação no governo Lula a distorção entre salários de homens e mulheres que ocupam funções similares é ainda muito grande. Quando a mulher é negra a discriminação e a diferença salarial são ainda maiores. É uma desigualdade de gênero e também de raça no país que é inaceitável”, afirmou Kátia.

1° de Maio

Na quinta-feira 1º de Maio, haverá protestos em todo o país, organizado pelas centrais sindicais com as mesmas pautas do ato em Brasília. No Rio, a mobilização acontecerá na Cinelândia, a partir das 14 horas.

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