Segunda, 06 Abril 2020 21:32
É PRECISO BOM SENSO

Caixa: empregados cobram suspensão dos processos seletivos e da reestruturação

Problemas e quedas no sistema, crise do coronavírus e desmonte da empresa dificultam a participação dos bancários no processo seletivo do banco
Paulo Matileti cobra da direção da Caixa a suspensão dos Processos Seletivos Internos (PSIs) até que seja superada a crise da pandemia do Covid-19 e critica também a reestruturação Paulo Matileti cobra da direção da Caixa a suspensão dos Processos Seletivos Internos (PSIs) até que seja superada a crise da pandemia do Covid-19 e critica também a reestruturação

Sindicatos de todo o país têm recebido várias denúncias dos empregados da Caixa Econômica Federal sobre a inviabilidade de se inscreverem nos processos seletivos internos abertos. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) cobra a suspensão dos processos seletivos e a interrupção dos prazos processuais dos processos disciplinares e de apuração ética, além da consequente suspensão desses processos até a normalização das atividades no banco, comprometidas pela crise da pandemia do coronavírus.
“Queremos garantir que todos os empregados que desejem, consigam participar e concorrer às vagas disponíveis e possam se defender devidamente nos processos de seleção”, afirma o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti. .
Os funcionários reclamam da instabilidade na ferramenta eletrônica de inscrições dos Processos de Seleção Interna (PSIs).
“Os sistemas caem com muita frequência, ficam fora do ar ou travam. As falhas impedem os bancários de se inscreverem nos PSIs”, explica Matileti.
Este problema e a ausência de acesso à rede de fornecimento de certificados eletrônicos pela Caixa impossibilitam que o trabalhador acompanhe o processo de seleção, comprometendo os princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da publicidade e eficiência.
Reestruturação
Os representantes dos empregados enviaram ofício ao presidente do banco, Pedro Guimarães, na terça-feira, 31 de março, para reivindicar a suspensão de todos os atos decorrentes da reestruturação em curso. A intenção é impedir prejuízos aos bancários no atual estado de calamidade pública, reconhecido pelo Congresso Nacional por meio do Decreto publicado no dia 20 de março deste ano.
“A direção da Caixa precisa compreender que vivemos um cenário global de crise da saúde da economia e que o drama vivido no mundo gera muita aflição e angústia nos trabalhadores. E a situação dos empregados é agravada pelo processo de reestruturação da empresa, que resulta em muitas incertezas para os bancários”, acrescenta Matileti.

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